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Tesouro Direto tem número recorde de investidores – O Globo

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Comentário publicado n´O Globo:

  • Programa do governo de venda de títulos públicos a pessoas físicas encerrou 2012 com 330 mil inscritos
  • Juros baixos, inflação em alta e facilidades para aplicar atraíram investidores

Publicado:22/01/13 – 8h26

Atualizado:22/01/13 – 12h22
O Tesouro Direto permite aplicações a partir de R$ 30, com rendimentos cerca de 16,5% superiores aos da poupança Andrew Harrer/Bloomberg News

BRASÍLIA – Juros em baixa e inflação em alta, somados a uma mudança de regras que reduziu o rendimento da caderneta de poupança. Foi a combinação ideal para levar o total de investidores cadastrados no Tesouro Direto, programa de venda direta de títulos públicos federais a pessoas físicas, a um recorde em 2012: cerca de 330 mil, um aumento de 20% em relação a 2011, quando o total ficou em 276 mil. Só em dezembro, entraram no sistema três mil investidores. Com isso, o programa fechou 2012 com um estoque de R$ 9,7 bilhões em investimentos. Até novembro eram R$ 9,3 bilhões.

O Tesouro Direto permite aplicações a partir de R$ 30, com rendimentos cerca de 16,5% superiores aos da poupança. André Proite, gerente de relacionamento com o investidor do Tesouro Nacional, avalia que há potencial para expandir ainda mais a base de investidores do programa. Ele afirma que não há uma meta de expansão, mas que o foco das ações de melhoria do programa são para aumentar o número de participantes. O brasileiro está mais poupador. Um exemplo disso é a captação líquida recorde da poupança em 2012, de R$ 49,719 bilhões, de acordo com o Banco Central. No entanto, ainda falta divulgação.

— O Tesouro Direto carece de ampla divulgação. Ele esbarra no problema da distribuição. Seria proveitoso ter mais divulgação, mas isso não está previsto. No fim do ano passado fizemos uma inserção na internet, lançamos um curso virtual. Mas não tem o mesmo impacto que teríamos com uma inserção na TV, por exemplo – lamenta Proite.

O elo da maioria dos brasileiros com os investimentos ainda são os bancos comerciais, o que dificulta o acesso ao Tesouro Direto, avalia o diretor da Ativa Corretora, Ricardo Correa. Isso porque os bancos têm seus próprios produtos financeiros e dão preferência a oferecê-los aos seus clientes, em vez de apontar o Tesouro Direto como alternativa de investimento:

— Os bancos de varejo não vendem o Tesouro Direto porque vendem os produtos do próprio banco. Nós estamos alinhados ao cliente, e pois isso oferecemos o que ele precisa. As taxas cobradas por esses bancos para investidores do Tesouro Direto são elevadas, para empurrar o cliente para os produtos próprios dos bancos — diz Correa. — A indústria bancária conhece apenas o devedor e o poupador. Agora temos um novo brasileiro, que tem apenas dez anos. É o brasileiro investidor. Ele hoje precisa se preocupar em onde ele coloca o dinheiro, pois o juro caiu. O mercado bancário brasileiro ainda não conseguiu atender essa figura — afirma o diretor, que garante que para ser cliente de uma corretora não é preciso ser um investidor de grandes valores. Ele afirma que tem em sua carteira clientes com investimentos tão pequenos quanto R$ 80.

O Tesouro Direto vem fazendo melhorias para atrair mais participantes. No fim de 2012 foi extinta a taxa de 0,10% paga à BM&F Bovespa no primeiro investimento no programa, e algumas funções novas foram introduzidas ao longo de 2011 e 2012, como a possibilidade de compra e venda programada de títulos mensalmente; de reinvestimento dos ganhos no próprio programa; a redução do piso de entrada no programa para 1% do preço de um título, e o aumento do teto do programa para até R$ 1 milhão por investidor. Tanto o Tesouro quanto as corretoras avaliam que essas mudanças ajudaram a trazer mais participantes.

Educação Financeira para ganhar mais

Muitas corretoras oferecem cursos a seus clientes, para, se desejarem, entenderem melhor como maximizar seus ganhos. Além disso, a BM&FBovespa oferece cursos na internet, alguns gratuitos (http://www.bmfbovespa.com.br/pt-br/educacional/cursos/cursos.aspx?idioma=pt-br) para ajudar o investidor a escolher a melhor opção para seu perfil. O site do Tesouro Direto (https://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto) também explica melhor como funciona o programa e dá caminhos para quem quer investir.

Written by Ricardo Corrêa

January 23, 2013 at 8:16 pm

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Ação da Petrobras entra no foco de curto prazo de bancos e corretoras – Valor

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Comentário publicado no Valor:

A crescente expectativa de que o governo possa autorizar ainda neste primeiro trimestre um reajuste dos preços da gasolina e do diesel pôs os papéis da Petrobras novamente no radar de analistas de bancos e corretoras. Para os especialistas, o aumento pode trazer um alívio imediato ao caixa da companhia, castigado pela defasagem entre os preços no mercado externo e o interno – ou seja, entre os valores que a Petrobras desembolsa para importar gasolina e diesel e a receita que obtém ao vender o combustível nos postos brasileiros. “Acreditamos que o reajuste ocorrerá em breve, o que irá reduzir os prejuízos do segmento de abastecimento da estatal, auxiliando na geração de caixa”, afirma, em relatório, a equipe da Ativa Corretora, comandada pelo analista Ricardo Corrêa.

Written by Ricardo Corrêa

January 23, 2013 at 8:14 pm

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Tarifa na conta de água deve subir 6%, estima analista – Brasil Econômico

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Comentário publicado no Brasil Econômico:

A proposta da Sabesp é de avanço de 13,11%, maior que a sugerida pela agência reguladora, de alta de 1,94%.

A disputa entre a Sabesp e a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) sobre qual será o melhor aumento tarifário ainda trará volatilidade ao papel SBSP3.

A Arsesp publicou, na semana passada, o parecer técnico da Sabesp sobre o processo de revisão tarifária, no qual ela defende uma tarifa de R$ 3,3853/m³, o que implicaria num aumento de 13,11% em relação a tarifa vigente, de R$ 2,99/m³.

A proposta da concessionária é 15,75% maior que a sugerida pela agência reguladora, de alta de 1,94%. A Sabesp questiona o acréscimo estipulado e alerta que este ligeiro aumento estimado pela Arsesp irá afetar a sua produtividade, assim como o plano de investimento.

“A proposta inicial da Arsesp compromete a capacidade de investimento da Sabesp nos próximos anos, que pretende universalizar o acesso ao saneamento no estado de São Paulo até 2020”, aponta Ricardo Correa, da Ativa Corretora, em relatório.

Em meio aos questionamentos da Sabesp, a Arsesp irá divulgar no próximo dia 8 de fevereiro a nova tarifa. Na visão de Correa, o aumento não deverá atingir o patamar estipulado pela Sabesp, mas deverá chegar pelo menos em dois dígitos, “uma vez que teria um impacto pequeno no consumidor residencial, cerca de R$ 3,18 na conta mensal”, destaca.

Por outro lado, Alexandre Montes, analista da Lopes Filho, afirma que esse reajuste deverá ficar entre o meio das duas pontas, algo em torno de 6%. “A Sabesp defende o interesse dela, o que é normal. Por isso que existe uma agência reguladora, pois é um setor monopolizado”, lembra Montes.

Segundo ele, a necessidade de investimentos da companhia de saneamento é normal e em todos os anos ela conseguiu realizá-los com êxito. Além disso, o setor não possui problemas com linhas de financiamento, o que não prejudicaria os investimentos.

Questionado se este setor seria o próximo a ter que enfrentar embates com o governo, no caso da redução de tarifas, assim como o de energia elétrica, Montes enfatiza que nem de longe o segmento deve sofrer como o elétrico.

“A energia elétrica é regulada pelo governo Federal, enquanto o saneamento é pelo estadual. O WAAC regulatório, ou seja, a taxa de remuneração dos investimentos, em relação ao setor elétrico é de 7,5%, enquanto o de saneamento está em 8,06%”, explica o analista, lembrando ainda que essa regulação será mais benigna do que para o setor de energia, principalmente por causa da eleição do ano que vem.

Ação

Com essa indefinição, a ação da Sabesp (SBSP3) pode sofrer certa volatilidade. Se o valor estipulado vier perto dos 13%, os investidores receberão bem a notícia e o papel deverá subir. No entanto, “se vier mais perto da projeção da Arsersp, a ação vai sofrer”.

Montes não recomenda a compra do papel, pois no ano passado ele subiu mais do que o dobro e, agora, está com pouco espaço para se beneficiar.

No ano, os papéis acumulam alta superior a 5%.

Written by Ricardo Corrêa

January 23, 2013 at 8:12 pm

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Cesp ganha e MPX perde com risco de racionamento de energia – Exame

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Comentário publicado na Exame:

A preocupação de que o governo seja racione energia para evitar apagões reduziu em US$ 2,1 bilhões o valor de mercado das 15 maiores empresas de energia do Brasil

 

Torre de energia elétrica

Os níveis dos reservatórios das principais usinas hidrelétricas do país caíram para o mais baixo patamar em 12 anos no mês passado

São Paulo – O período de seca que está esvaziando os reservatórios do País pode tornar a Cia. Energética de São Paulo, cuja ação teve o terceiro pior desempenho dentre as companhias elétricas no ano passado, em uma das maiores beneficiadas do setor.

A Cesp e outras companhias que vendem energia elétrica no mercado à vista podem lucrar após os preços subiram para patamar recorde, disseram o JPMorgan Chase & Co. e o Banco BTG Pactual SA. Compradores de energia no mercado à vista — como a MPX Energia SA, do bilionário Eike Batista, e a Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais SA — devem ser as mais prejudicadas, disseram os analistas.

A preocupação de que o governo seja obrigado a racionar energia para evitar apagões reduziu em US$ 2,1 bilhões o valor de mercado das 15 maiores empresas de energia elétrica do Brasil desde 1 de janeiro.

Os níveis dos reservatórios das principais usinas hidrelétricas do País caíram para o mais baixo patamar em 12 anos no mês passado, levando a estatal Centrais Elétricas Brasileiras SA a ligar usinas de gás natural, mais caras, para atender a demanda.

“É temerário dizer que haverá racionamento, mas também é temerário dizer que não vai”, disse Ricardo Correa, analista de setor elétrico da Ativa Corretora, em entrevista por telefone do Rio de Janeiro. “As principaais vítimas são a Eletrobras e a MPX.”

A falta de chuvas que ameaça a geração de energia acontece logo depois que o governo de Dilma Rousseff alterou as regras de renovação das concessões para reduzir as tarifas, levando a uma forte queda das ações do setor no ano passado.

Enquanto a Eletrobras aceitou as novas regras, empresas como a Cesp e a Cia. Energética de Minas Gerais optaram por não renovar algumas concessões

Written by Ricardo Corrêa

January 14, 2013 at 1:53 pm

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Bolsas sobem forte pelo mundo após abismo fiscal ser evitado – O Globo

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Comentário publicado n´O Globo:

BRUNO VILLAS BÔAS

Publicado:2/01/13 – 10h29

Atualizado:2/01/13 – 20h37

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Operador acompanha monitor durante pregão na Bolsa de Frankfurt<br />
Foto: ARNE DEDERT/AFP
Operador acompanha monitor durante pregão na Bolsa de Frankfurt ARNE DEDERT/AFP

RIO — Os mercados financeiros respiraram aliviados pelo mundo nesta quarta-feira, o primeiro pregão do ano, após a Câmara dos EUA ter aprovado na noite de ontem o pacote que cancela o aumento de impostos e adia cortes automáticos de despesas no país, o chamado abismo fiscal. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 2,62%, aos 62.550 pontos pelo Ibovespa, seu principal índice, o maior patamar desde 19 de abril de 2012, com R$ 7,3 bilhões em negócios. O dólar comercial valorizou-se 0,14%, cotado a R$ 2,044 na compra e R$ 2,046 na venda.

Em Wall Street, o dia também foi de fortes ganhos. O Dow Jones, principal índice da Bolsa de Nova York, fechou em alta de 2,35%. O S&P 500 teve valorização de 2,54% e o índice Nasdaq, termômetro do mercado de tecnologia, ganhava subiu 3,07%.

— Desde o final do ano passado alguns índices estavam se recuperando, com os investidores assumindo um pouco mais de risco. O abismo fiscal era, no entanto, um entrave para uma valorização maior das ações — disse Fernando Goes, analista da Clear Corretora.

No mercado europeu, o índice FTSE 100, referência da Bolsa de Londres, fechou em alta de 2,20% e superou a marca de 6 mil pontos pela primeira vez desde julho de 2011. Os destaques foram ações de bancos como Barclays e Lloyds, com alta de 4%. Também avançaram as Bolsas de Paris (2,55%), Frankfurt (2,19%), Madri (3,43%) e Milão (3,81%).

Commodities ajudam a puxar alta da Bovespa

Das 69 ações que compõem o Ibovespa, somente 11 registraram queda, segundo dados preliminares. Os destaques de ganhos ficaram para papéis de produtoras de matérias-primas, que acompanham a valorização de contratos de commodities como petróleo, minério, prata e agrícolas.

Entre as maiores altas do índice, que chegou a avançar 3,17% no pregão, estão as ações ordinárias (ON, com voto) da OGX, a petroleira do grupo EBX, de Eike Batista. Os papéis subiram 8,68%, a R$ 4,76. Os ganhos têm origem em rumores de que grandes investidores estariam interessados em recomprar posições na empresa.

Também entre as principais altas, as ações preferenciais (PNA, sem voto) da Braskem subiram 6,41%, R$ 13,62. Na sexta-feira, após o fechamento do mercado, a empresa informou ter vendido ativos da Unidade de Tratamento de Água (UTA), no polo petroquímico de Camaçari, para a Odebrecht Ambiental, no valor de R$ 652 milhões.

Outros papéis que foram destaque nesta quarta-feira são Fibria ON (7,22%, a R$ 24,20), Usiminas ON (7,02%, R$ 14,63), LLX Logística (6,67%, a R$ 2,56) e CSN ON (6,41%, a R$ 12,62).

MRV despenca após perder financiamentos

Entre as maiores baixas, as ações ON da MRV Engenharia recuaram 2,75%, a R$ 11,65. A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil suspenderam contratos de crédito para a construtora, que teve o nome de uma filial incluído no Cadastro de Empregadores, lista de pessoas físicas e jurídicas que cometeram infrações contra trabalhadores.

Segundo André Hall Accioly, gerente da mesa de pessoa física private da ICAP Brasil, a MRV fica em uma posição delicada, sem o financiamento, para sanear seu caixa e fazer investimentos.

— O mercado não tolera mais esse tipo de comportamento. Os frigoríficos já sofreram com isso no passado — afirma Accioly.

Também recuaram nesta quarta-feira as ações como CCR ON (2,06%, a R$ 19,05), Pão de Açúcar PN (1,87%, R$ 88,81), TIM ON (1,83%, a R$ 8,05) e Santander Units (1,80%, a R$ 14,70).

Além do pacote que evitou o abismo fiscal, os papéis do índice passam por ajustes já que a Bolsa não abria desde o dia 28 de dezembro, sexta-feira passada. Desde então, houve pregão em Nova York e em alguns mercados na Europa, quando as ações registraram valorização.

Indicadores nos EUA e China sustentam ganhos

Enquanto o mercado busca investimentos considerados arriscados, como as ações, os títulos do Tesouro americano, os chamados US Treasuries, registram queda em diferentes vencimentos. Considerado um porto seguro de investidores, os títulos com vencimento em 10 anos registravam taxa de 1,84%, a menor desde meados de outubro.

Para Ricardo Corrêa, analista da Ativa Corretora, o ano começa positivo, mas os problemas fiscais americanos podem voltar a assombrar os investidores ao longo de 2013.

— O pacote é uma resolução parcial da questão americana. O problema fiscal preocupa e vai ser o assunto do ano nos EUA. O abismo em si é um pedaço de um problema muito complexo e maior — avalia Corrêa.

Entre os principais indicadores do dia, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial da China, que mede a atividade do setor industrial do país, chamou a atenção. O índice manteve-se em 50,6 em dezembro, terceiro mês seguido em que fica acima de 50 (a pontuação que marca a diferença entre contração e expansão da atividade).

Mais cedo, os mercados asiáticos fecharam com forte valorização. As ações australianas subiram 1,23%, máxima de 19 meses. O índice de Seul encerrou em alta de 1,71%. O mercado avançou 2,89% em Hong Kong e a Bolsa de Taiwan subiu 1,04%. A bolsa de Cingapura ganhou 1,09%. A Bolsa de Tóquio não teve pregão.

Nos EUA, a atividade do setor industrial fechou 2012 em alta, com dezembro registrando o maior ritmo de expansão em sete meses. O PMI subiu para 54 em dezembro contra 52,8 em novembro, maior nível desde maio, segundo o Instituto Markit.

Written by Ricardo Corrêa

January 14, 2013 at 10:55 am

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Juros fecham em alta com receio de pressão inflacionária da energia – O Globo

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Comentario publicado n´O Globo:

SÃO PAULO – As taxas de juros projetadas nos contratos negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam hoje em alta, no maior patamar em duas semanas, puxadas pelo receio dos investidores de que o risco de racionamento de energia elétrica no país gere pressões inflacionárias ao longo do ano, aumentando o desafio do Banco Central em manter o custo básico do dinheiro estabilizado nos próximos trimestres com a Selic em 7,25%.

Em uma sessão marcada pelo maior volume de negócios desde a virada do ano, os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 (DI janeiro/2014) registraram, antes dos ajustes finais, taxa de 7,17%, ante 7,12% na véspera após os ajustes. O DI janeiro/2015 subia a 7,79%, de 7,70%, enquanto o DI janeiro/2017 atingia 8,62%, de 8,49% na segunda-feira.

Embora o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, tenha ressaltado hoje que a redução das tarifas de energia programada para vigorar a partir do próximo mês seja uma medida estrutural e permanente que não será influenciada pelo eventual acionamento de usinas térmicas, analistas de mercado admitem que o uso de uma fonte de energia mais cara para compensar a baixa geração hidrelétrica nesse período de chuvas e reservatórios de água reduzidos vai impactar nos índices de preços da economia brasileira.

O especialista em setor elétrico da Ativa Corretora, Ricardo Correa, disse que o uso das usinas termelétricas para garantir a segurança do sistema enquanto os reservatórios hidrelétricos estão em níveis críticos vai provocar uma elevação de 5% nas tarifas de energia em 2013.

Para a consultoria LCA, cerca de um-terço do corte de 16,2% nos custos de energia, que a firma calcula que entrará em vigor em fevereiro com a redução de encargos setoriais e da renovação das concessões de várias usinas e redes de transmissão, deverá ser neutralizado no restante do ano pelas revisões tarifárias.

Segundo operadores de mercado, essas dúvidas sobre a capacidade de abastecimento de energia e os respectivos efeitos sobre a produção e a inflação diminuem a previsibilidade que os investidores têm para a política monetária e, por isso, faz com que os agentes econômicos demandem prêmios maiores no mercado de juros.

Por isso mesmo, a BM&F registrou hoje o avanço da chamada inclinação da curva a termo ? diferença entre as taxas de juros projetadas para os cenários de curto e de longo prazos. O degrau entre o DI janeiro/2014 e DI janeiro/2017, por exemplo, subiu de 1,37 ponto percentual para 1,44 p.p hoje, o mais alto desde 20 de dezembro.

Para completar o quadro de desconforto dos investidores com o cenário de inflação, o resultado da primeira prévia do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de janeiro, divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), avançou 0,77% na primeira quadrissemana deste ano, acima de 0,66% do fechamento de dezembro, confirmando a expectativa de que a inflação vai acelerar neste início de ano.

Por isso mesmo ganha relevância a divulgação do IPCA fechado de dezembro e de 2012, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) solta sexta-feira, às 9h. As estimativas para o indicador estão ao redor de uma alta de 0,73%.

(João José Oliveira | Valor)

Written by Ricardo Corrêa

January 14, 2013 at 3:48 am

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Cesp Gain Is MPX Loss on Power-Rationing Risk: Corporate Brazil – Bloomberg

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Comentário publicado na Bloomberg:

A dry spell that’s emptying Brazilian hydropower dams is poised to turn Cia. Energetica de Sao Paulo, the second-worst generator stock last year, into one of the industry’s biggest winners.

Cesp, as the utility is known, and other producers that can sell extra electricity in the spot market may be able to profit after prices surged to a record, said JPMorgan Chase & Co. and Banco BTG Pactual SA. Net buyers of energy in the spot market — from billionaire Eike Batista’sMPX Energia SA (MPXE3) to steelmaker Usinas Siderurgicas de Minas Gerais SA — stand to lose the most, analysts said.

Concern the government will ration electricity to avoid blackouts has wiped out $2.1 billion in the market value of Brazil’s 15 biggest electricity utilities since Jan. 1. Reservoir levels at dams accounting for most of the nation’s generating capacity fell to a 12-year low last month, prompting state-run Centrais Eletricas Brasileiras SA (ELET6), or Eletrobras, to fire up costly natural-gas plants to meet demand.

“It’s reckless to say that there’ll be rationing, but it’s also reckless to say there won’t be,” Ricardo Correa, a power industry analyst at Ativa Corretora, said by telephone from Rio de Janeiro. (CEGR3) “The main victims are Eletrobras and MPX.”

The lack of rain threatening hydro output comes after President Dilma Rousseff triggered an industry-wide selloff last year by requiring companies to cut electricity prices now as a condition of renewing contracts set to expire between 2015 and 2017. While Eletrobras accepted the offer, utilities such as Cesp and Cia. Energetica de Minas Gerais, or Cemig, opted to return some contracts instead.

‘Under-Contracted’

Cesp jumped as much as 5.2 percent to 19.88 reais in Sao Paulo today, heading for the biggest two-day rise since Nov. 26.

Cesp is “under-contracted,” meaning it produces more than it has pledged to supply, allowing the Sao Paulo-based utility to sell the excess in the spot market, Gabriel Salas, a JPMorgan analyst based in New York, said in a note to clients. The spot price rose to 554.82 reais ($271.86) per megawatt hour from 47.47 reais a year ago. MPX and EDP-Energias do Brasil SA rely on the spot market to secure energy, he said.

“Cesp seems to have the biggest gap of un-contracted energy,” BTG analysts led by Antonio Junqueira said in a Jan. 7 note to clients. While CPFL Energia SA (CPFE3)AES Corp. (AES)’sAES Tiete SA (GETI3) unit and GDF Suez’s Tractebel Energia SA (TBLE3) may need to buy power in the spot market to offset lower hydro output and meet supply contracts, Cesp may have as much as 21 percent of its electricity available to sell, they estimate.

The BTG analyst based in Rio de Janeiro declined to comment further, while Salas wasn’t available.

Cesp Rebound

Cesp, whose 6.7 percent rally yesterday was the biggest gain on the benchmark Bovespa index, trades at 8.2 times estimated 2013 earnings, less than the average ratio of 12 for Brazil’s 15 biggest electric utilities. Cesp’s 41 percent drop last year made it the worst utility stock after Eletrobras, Eletropaulo Metropolitana SA and Cia. de Transmissao de Energia Eletrica Paulista.

Cesp and Tractebel’s press offices didn’t respond to e- mails and phone calls requesting comment. CPFL’s press office in Sao Paulo declined to comment. Eletrobras is “analyzing any potential impacts of the use of thermal plants on its earnings,” the Rio-based company said in an e-mailed response. MPX’s press office in Rio didn’t immediately respond.

Generators whose hydropower dams are running below capacity are spending 800 million reais a month, or about half their earnings before items, to buy from gas-fired plants to meet supply contracts, said Nelson Leite, president of distributors association Abradee. The government may offer aid in the form of cheap loans from the development bank, he said.

‘Delicate’ Situation

Electricity-intensive industries are also exposed to the surge in spot prices. Usiminas, as Brazil’s third-largest steelmaker is known, is the most exposed because it “only generates 25 percent” of the energy it consumes, according to a Bank of America Corp. note this week. Belo Horizonte-based Usiminas’s press department declined to comment.

Brazil suffered a wave of nationwide blackouts in 2001 after a drought cut output from dams. Thermal capacity has more than doubled since then, according to JPMorgan’s Salas.

“The situation is delicate,” Leite said. “The cash situation is a real problem. Rationing is a future problem.”

Government ‘Tranquility’

Even with record prices, spot market sales may not make much of a difference in Cesp’s operating results, said Felipe Rocha, an analyst at Omar Camargo Investimentos.

“Revenue could increase, yes, because the price is higher,’” he said in a telephone interview from Curitiba, Brazil. Still, “the company might not have as much excess capacity as it had in the past,” as it also deals with falling hydro output, he said.

Rocha estimates the spot market accounted for only about 6 percent of Cesp’s revenue in the third quarter.

The government expects to be able to avoid rationing this year, Mauricio Tolmasquim, head of the state energy planning and research agency, said this week. A meeting of energy officials yesterday confirmed “our tranquility that the country has a firm energy inventory, security and is in conditions to fulfill every need,” Energy Minister Edison Lobao told reporters.

Brazil probably won’t get enough rain to return dam levels to normal by the end of the wet season in March, said Marco Antonio dos Santos, a weather forecaster at Somar Meteorologia.

“We are having a regular summer, but the reservoirs need pouring rains to go back to normal levels,” he said in a telephone interview from Sao Paulo. “The levels are far from comfortable and I fear for the rest of the year.”

Written by Ricardo Corrêa

January 11, 2013 at 7:52 pm

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Para analista, papéis da empresa devem continuar atrativos – Folha

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Comentário publicado na Folha.com:

SUZANA INHESTA – O Estado de S.Paulo

Única empresa do setor de bebidas com ações negociadas na BM&FBovespa, a Ambev deverá seguir como um atrativo investimento entre os papéis do setor de consumo, segundo analistas consultados pela Agência Estado. “Ela (Ambev) tem as suas características próprias – boa geradora de caixa, boa pagadora de dividendos e rentável -, fatores que continuarão atraindo investidores”, ressaltou o estrategista de investimento da SLW Corretora, Pedro Galdi. Em 2012, as ações preferenciais da empresa subiram 32,1% e as ordinárias, 59,5%, enquanto o Ibovespa aumentou 7,4%.

 

Segundo o especialista da SLW, a reestruturação societária anunciada no início de dezembro, que deve ser finalizada até o segundo semestre deste ano e criará uma única classe de ações para a empresa, atrairá mais investidores estrangeiros, pois a deixará “mais equivalente a seus pares internacionais”. Além disso, os papéis da companhia ganharão ainda mais liquidez.

“Vemos bons fundamentos da empresa e boas perspectivas para o mercado de bebidas, impulsionado pelo aumento da massa salarial”, destacou o analista-chefe da análise de empresas da Ativa Corretora, Ricardo Corrêa. “A empresa se mostra bem posicionada tanto no segmento premium, com grande potencial de expansão, como no segmento de produtos tradicionais, mais acessíveis à população”, completou o especialista.

Concorrência. Enquanto isso, os principais concorrentes da Ambev no País – Brasil Kirin (ex-Schincariol), Grupo Petrópolis e Heineken – devem intensificar suas ações em marketing para continuar brigando por espaço no mercado. Conforme o professor do departamento de Marketing da Universidade de São Paulo (USP) e diretor da Lupoli Jr. Consultores Associados, José Lupoli Jr., há estudos da relação direta entre demanda e presença em mídia, principalmente no mercado de cervejas.

“A Ambev é a maior anunciante do País e a propaganda ajuda na venda de seus produtos. Temos de ter uma postura mais agressiva de seus concorrentes nesse sentido para que elas busquem mais espaço no mercado”, disse Lupoli Jr. Ele citou o exemplo da Brasil Kirin. “O que vemos até agora é o reposicionamento institucional da empresa. Ela precisa ter uma presença de mídia mais forte, mas com suas marcas”, ressaltou.

Na ocasião do lançamento de seu novo nome institucional, o presidente da Brasil Kirin, Gino di Domenico, informou que há estudos para a subsidiária brasileira vender os produtos da sua controladora japonesa Kirin no País a partir deste ano.

Written by Ricardo Corrêa

January 4, 2013 at 12:27 pm

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Bolsas sobem forte pelo mundo após abismo fiscal ser evitado – O Globo

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Bolsas sobem forte pelo mundo após abismo fiscal ser evitado 

BRUNO VILLAS BÔAS

Publicado:2/01/13 – 10h29
Atualizado:2/01/13 – 20h37

Operador acompanha monitor durante pregão na Bolsa de Frankfurt
Foto: ARNE DEDERT/AFP

Operador acompanha monitor durante pregão na Bolsa de Frankfurt ARNE DEDERT/AFP

RIO — Os mercados financeiros respiraram aliviados pelo mundo nesta quarta-feira, o primeiro pregão do ano, após a Câmara dos EUA ter aprovado na noite de ontem o pacote que cancela o aumento de impostos e adia cortes automáticos de despesas no país, o chamado abismo fiscal. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 2,62%, aos 62.550 pontos pelo Ibovespa, seu principal índice, o maior patamar desde 19 de abril de 2012, com R$ 7,3 bilhões em negócios. O dólar comercial valorizou-se 0,14%, cotado a R$ 2,044 na compra e R$ 2,046 na venda.

Em Wall Street, o dia também foi de fortes ganhos. O Dow Jones, principal índice da Bolsa de Nova York, fechou em alta de 2,35%. O S&P 500 teve valorização de 2,54% e o índice Nasdaq, termômetro do mercado de tecnologia, ganhava subiu 3,07%.

— Desde o final do ano passado alguns índices estavam se recuperando, com os investidores assumindo um pouco mais de risco. O abismo fiscal era, no entanto, um entrave para uma valorização maior das ações — disse Fernando Goes, analista da Clear Corretora.

No mercado europeu, o índice FTSE 100, referência da Bolsa de Londres, fechou em alta de 2,20% e superou a marca de 6 mil pontos pela primeira vez desde julho de 2011. Os destaques foram ações de bancos como Barclays e Lloyds, com alta de 4%. Também avançaram as Bolsas de Paris (2,55%), Frankfurt (2,19%), Madri (3,43%) e Milão (3,81%).

Commodities ajudam a puxar alta da Bovespa

Das 69 ações que compõem o Ibovespa, somente 11 registraram queda, segundo dados preliminares. Os destaques de ganhos ficaram para papéis de produtoras de matérias-primas, que acompanham a valorização de contratos de commodities como petróleo, minério, prata e agrícolas.

Entre as maiores altas do índice, que chegou a avançar 3,17% no pregão, estão as ações ordinárias (ON, com voto) da OGX, a petroleira do grupo EBX, de Eike Batista. Os papéis subiram 8,68%, a R$ 4,76. Os ganhos têm origem em rumores de que grandes investidores estariam interessados em recomprar posições na empresa.

Também entre as principais altas, as ações preferenciais (PNA, sem voto) da Braskem subiram 6,41%, R$ 13,62. Na sexta-feira, após o fechamento do mercado, a empresa informou ter vendido ativos da Unidade de Tratamento de Água (UTA), no polo petroquímico de Camaçari, para a Odebrecht Ambiental, no valor de R$ 652 milhões.

Outros papéis que foram destaque nesta quarta-feira são Fibria ON (7,22%, a R$ 24,20), Usiminas ON (7,02%, R$ 14,63), LLX Logística (6,67%, a R$ 2,56) e CSN ON (6,41%, a R$ 12,62).

MRV despenca após perder financiamentos

Entre as maiores baixas, as ações ON da MRV Engenharia recuaram 2,75%, a R$ 11,65. A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil suspenderam contratos de crédito para a construtora, que teve o nome de uma filial incluído no Cadastro de Empregadores, lista de pessoas físicas e jurídicas que cometeram infrações contra trabalhadores.

Segundo André Hall Accioly, gerente da mesa de pessoa física private da ICAP Brasil, a MRV fica em uma posição delicada, sem o financiamento, para sanear seu caixa e fazer investimentos.

— O mercado não tolera mais esse tipo de comportamento. Os frigoríficos já sofreram com isso no passado — afirma Accioly.

Também recuaram nesta quarta-feira as ações como CCR ON (2,06%, a R$ 19,05), Pão de Açúcar PN (1,87%, R$ 88,81), TIM ON (1,83%, a R$ 8,05) e Santander Units (1,80%, a R$ 14,70).

Além do pacote que evitou o abismo fiscal, os papéis do índice passam por ajustes já que a Bolsa não abria desde o dia 28 de dezembro, sexta-feira passada. Desde então, houve pregão em Nova York e em alguns mercados na Europa, quando as ações registraram valorização.

Indicadores nos EUA e China sustentam ganhos

Enquanto o mercado busca investimentos considerados arriscados, como as ações, os títulos do Tesouro americano, os chamados US Treasuries, registram queda em diferentes vencimentos. Considerado um porto seguro de investidores, os títulos com vencimento em 10 anos registravam taxa de 1,84%, a menor desde meados de outubro.

Para Ricardo Corrêa, analista da Ativa Corretora, o ano começa positivo, mas os problemas fiscais americanos podem voltar a assombrar os investidores ao longo de 2013.

— O pacote é uma resolução parcial da questão americana. O problema fiscal preocupa e vai ser o assunto do ano nos EUA. O abismo em si é um pedaço de um problema muito complexo e maior — avalia Corrêa.

Entre os principais indicadores do dia, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial da China, que mede a atividade do setor industrial do país, chamou a atenção. O índice manteve-se em 50,6 em dezembro, terceiro mês seguido em que fica acima de 50 (a pontuação que marca a diferença entre contração e expansão da atividade).

Mais cedo, os mercados asiáticos fecharam com forte valorização. As ações australianas subiram 1,23%, máxima de 19 meses. O índice de Seul encerrou em alta de 1,71%. O mercado avançou 2,89% em Hong Kong e a Bolsa de Taiwan subiu 1,04%. A bolsa de Cingapura ganhou 1,09%. A Bolsa de Tóquio não teve pregão.

Nos EUA, a atividade do setor industrial fechou 2012 em alta, com dezembro registrando o maior ritmo de expansão em sete meses. O PMI subiu para 54 em dezembro contra 52,8 em novembro, maior nível desde maio, segundo o Instituto Markit.

 

Written by Ricardo Corrêa

January 3, 2013 at 8:01 pm

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Ações de elétricas disparam, mas cenário é incerto, dizem analistas – UOL

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Comentário publicado no UOL:

Epaminondas Neto
Do UOL, em São Paulo

O governo anunciou na noite de quinta-feira (29) novos valores (bem mais altos) para as indenizações a serem pagas às empresas do setor elétrico, provocando uma corrida pelas ações dessas companhias negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo, nesta sexta-feira (30).

Por volta das 14h30, as ações preferenciais e ordinárias(com direito a voto) da Eletrobras subiam 15,49% e 8,4% respectivamente, enquanto a ação preferencial daTransmissão Paulista avança 8,83%.

“De ontem para hoje houve uma grande mudança. Foi um movimento completamente inesperado do governo, que estava com um discurso muito duro em relação ao setor elétrico. Mas essa medida ainda não diminui as dúvidas sobre o que pode acontecer”, diz Beatriz Nantes, analista da Empiricus Research, antecipando novos dias de variações bruscas nos preços desses papéis.

“Certamente, o cenário ficou menos pior [sic] para as empresas, principalmente para Transmissão Paulista. Mas o problema é que as ações estavam refletindo uma opinião muito mais negativa para o setor e por isso estamos vendo o movimento de hoje”, comenta Ricardo Corrêa, analista da Ativa Corretora.

No início de setembro, o governo baixou a medida provisória 579, que trata da renovação das concessões para geração e transmissão de energia no país.

A MP provocou controvérsia no setor elétrico, basicamente por duas questões. Primeiro, houve questionamentos sobre o valor das indenizações previstas para as empresas.

O governo já cedeu nesse ponto, o que provocou o entusiasmo do mercado visto hoje. A reação positiva também se explica porque o governo deu um incentivo inesperado para as empresas de transmissão de energia.

Mas permanece a questão das tarifas. A intenção do Palácio do Planalto é reduzir o valor da conta de luz em 16% no ano que vem.

Por esse motivo, rebaixou o valor previsto para a energia a ser comercializada por essas empresas, o que também gerou protestos entre as empresas do setor. As companhias afirmam que os valores são baixos demais e devem prejudicar o faturamento. A Eletrobras chegou a projetar uma perda de R$ 8 bilhões na receita prevista para o ano que vem.

Por esse motivo, as algumas empresas do setor elétrico ameaçaram não renovar as concessões. Sem essas concessões, o governo seria obrigado a fazer leilões para as atividades de geração e transmissão de energia, num processo complicado e difícil.

Várias assembleias de acionistas dessas concessionárias estão marcadas para esta segunda-feira, quando essa questão deve ser decidida. O governo prevê anunciar no próximo dia 4 quais as concessões devem ser renovadas.

O resultado dessas assembleias obrigatoriamente será publicado pelas empresas, por meio de vários canais de divulgação. O caminho mais simples é consultar os sites de relações com os investidores mantidos pelas companhias.

A imprensa também deve noticiar as decisões tomadas nessas reuniões.

Somente a Eletrobras, que tem o governo como seu principal acionista, já antecipou que deve aceitar os termos do governo.

As alternativas para o investidor

Para o investidor, restam algumas poucas alternativas.

Que comprou as ações da Eletrobras, por exemplo, buscava uma relativa tranquilidade na Bolsa, porque o preço desse papel variava pouco, e a empresa era uma boa pagadora de dividendos (parte dos lucros).

Como as variações nos preços desse papel ficaram bem mais violentas, a opção pode ser migrar para outras empresas que possuem algumas dessas características, mas com risco menor de intervenção do governo.

Para quem está interessado em apostar nas ações do setor elétrico, ou ainda tem dúvidas se deve realmente se desfazer do papel, a alternativa pode ser esperar: o próximo dia 4 será uma data fundamental para o setor elétrico brasileiro, e o cenário estará um pouco mais consolidado.

A questão das indenizações

Na noite de quinta-feira, o Planalto baixou uma medida provisória complementar à MP 579, elevando o valor das indenizações a serem pagas a dez usinas, pertencentes a oito empresas do setor elétrico, entre elas Chesf e Cesp.

Em um dos casos que mais chamaram a atenção, o valor previsto para a usina Três Irmãos, da Cesp, foi praticamente dobrado –de R$ 985 milhões para R$ 1,7 bilhão.

O valor acrescido às indenizações –estimado inicialmente em R$ 20 bilhões– foi de R$ 870 milhões. Já os incentivos para as empresas de transmissão de energia devem custar aos cofres do governo cerca de R$ 10 bilhões, distribuídos por 30 anos (o período de concessão).

Written by Ricardo Corrêa

December 1, 2012 at 3:38 pm

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