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Jornal do Comércio – Acordo para óleo verde

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 A sucroalcooleira Cosan assinou, ontem, acordo para formação de joint venture com a multinacional de biotecnologia Amyris. As duas companhias criarão a Novvi, empresa brasileira que vai produzir e comercializar mundialmente “óleos básicos renováveis feitos com farneseno, componente químico resultante da fermentação do caldo de cana com leveduras, chamado de Biofene pela Amyris.
Para o diretor-presidente da Amyris Brasil, Paulo Diniz, a Novvi abrirá um canal importante para a comercialização do Biofene, destinado ao mercado de lubrificantes de alta performance. A Cosan entra na operação com a capacidade de fornecimento de matéria-prima e a infraestrutura de distribuição do chamado óleo verde, que deverá ser vendido a partir do próximo ano.
A combinação da plataforma tecnológica produtiva do Biofene existente na Amyris com a capacidade de fornecimento de matéria-prima e infraestrutura de distribuição da sucroalcooleira, na avaliação do presidente da Cosan Lubrificantes, Nelson Gomes, possibilitará a liderança da Novvi na produção e comercialização de óleos básicos renováveis de alta performance.
“Os estudos de mercado e de capacidade de produção foram finalizados, e a companhia está pronta para operar a joint venture com Amyris”, disse Gomes. Em comunicado, a Cosan informou que a Novvi planeja comerciafizar uma linha de óleos básicos sintéticos feitos a partir de fontes renováveis para o mercado de lubrificantes. De acordo com o analista da Ativa Corretora, Ricardo Corrêa, entretanto, o principal foco da empresa deverá ser o desenvolvimento de biocombustíveis a partir de outras matérias-primas que não a cana-de-açúcar, como é o caso do etanol.
“A joint venture está associada ao plano de negócios da Cosan, de investir combustíveis verdes, mas a nova empresa deverá ser mais voltada para o desenvolvimento do produto, ainda um pouco distante da fase comercial”, assinala Corrêa. Segundo ele, há grande potencial para este mercado, o que justifica a decisão da Cosan e Amyris de fazerem esforço conjunto para que, no futuro, a Novvis se torne uma grande companhia, explica o analista.
Em nota, a sucroalcooleira informou que os óleos básicos renováveis apresentam desempenho similar àqueles de origem mineral.
RAÍZEN. Esta foi mais uma operação da Cosan no intuito de se tornar referência na produção de combustíveis de fontes renováveis. Em fevereiro deste ano, a companhia havia anunciado a fusão com a Shell e a criação da Raízen, empresa voltada para a produção e comercialização do etanol.
No início deste mês a sucroalcooleira concluiu a reorganização societária para a formação da Raízen e, anunciou investimentos de US$ 7 bilhões (aproximadamente R$ 11,2 bilhões) ao longo dos próximos cinco anos. A maioria dos aportes, aproximadamente US$ 5 bilhões (R$ 7,95 bilhões), será para dobrar sua produção de etanol, de 2,2 bilhões de litros totalizados em 2010, para 5 bilhões de litros em 2015. Neste intervalo, a moagem de cana-de-açúcar deverá ser ampliada de 62 milhões de toneladas por ano para 100 milhões de toneladas anuais. O restante dos recursos irá para a rede de postos de combustíveis e operações de logística da Raízen.
A companhia possui ainda quatro projetos de novas unidades sucroalcooleiras que fazem parte do investimento. Uma das metas da Raízen, conforme explicaram seus executivos, é

Written by Ricardo Corrêa

June 15, 2011 at 1:19 pm

Sinalização do governo a respeito de taxação do setor sucroalcooleiro pode não se confirmar

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Conforme divulgado em recentes matérias pela imprensa, a presidente Dilma Rousseff determinou a transferência do controle e da fiscalização da cadeia produtiva do etanol à ANP, passando a tratar o etanol como um combustível estratégico e não mais como um derivado da produção agrícola.

A determinação da presidente incluiria (i) o maior controle sobre a quantidade produzida e o fluxo de comercialização das usinas; (ii) estudos para reduzir “de maneira significativa” a mistura de etanol à gasolina, que hoje varia de 20% a 25% e (iii) a taxação sobre as exportações de açúcar de forma a estimular a elevação do mix de etanol na produção do setor.

As recentes declarações do governo são uma sinalização perigosa de que este estaria disposto a intervir em uma indústria de forma a atender a uma agenda política. Esta é uma inclinação que vem se confirmando em diversos setores da economia e, obviamente, instrumentos de controle estatal sobre o setor sucroalcooleiro redundarão em ineficiência para esta indústria.

Contudo, ressaltamos que a capacidade da ANP de influenciar no mix de produção das usinas ainda é muitíssimo limitada e, acima de tudo, a mistura de etanol a gasolina não pode ser alterada a nível abaixo de 20% sem a adaptação da frota brasileira que é preparada para este padrão de combustível. Adicionalmente, a proposta de taxação sobre as exportações de açúcar nos parece absolutamente despropositada na medida em que tende a surtir efeito no preço internacional do açúcar e em que as exportações brasileiras desta commodity são um componente importante na balança comercial.

Existe, paralelamente, uma demanda antiga do setor sucroacooleiro por incentivos a construção de projetos greenfield através de financiamento por parte do BNDES associado a leilões de energia elétrica advinda da co-geração de usinas de açúcar que possam vir a viabilizar estes projetos. Sabe-se que a demanda crescente de etanol só poderá ser atendida com conforto estratégico na medida em que a capacidade de esmagamento de cana se eleve, e a promoção do etanol a categoria “combustível estratégico” poderá vir a aumentar a disponibilidade de mecanismos de fomento a aumento da disponibilidade.

Desta maneira, apesar de considerarmos a sinalização do governo como arriscada no curto prazo, o potencial de dado efeito é duradouro ao setor ainda é diminuto. Desta maneira, acreditamos que a queda exagerada da CSAN3, que acumula queda 8,7% nos últimos 2 pregões, e da SMTO3, que acumula 5,5% de queda no mesmo período, se configuram como oportunidades de curto prazo atrativas.

Written by Ricardo Corrêa

April 8, 2011 at 10:00 pm

Brasil Econômico – Cosan afasta risco de perdas com decisão do Cade sobre aviação

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O presidente da Cosan, Marcos Lutz, afastou ontem a possibilidade de a companhia sofrer um impacto negativo das restrições impostas na véspera pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) à venda de sua divisão de combustíveis de aviação para a Shell.

Conforme antecipado na edição de ontem do Brasil Econômico, a Shell deve arcar com os riscos envolvidos na aprovação antitruste do negócio. O Cade determinou que a Shell venda todos os ativos físicos comprados da Cosan nos aeroportos, ficando apenas com as carteiras de clientes e os contratos. Se os negócios não forem vendidos em 90 dias, a operação poderá ser barrada pelo conselho.

Questionado se a decisão poderia prejudicar a Cosan, Lutz afirmou que “isso é um tema da Shell”. “Não vemos impacto para a Cosan e acho bem difícil que o negócio seja desfeito agora”, disse o executivo. Ele ainda fez questão de ressaltar que qualquer perda relacionada a essa venda, de US$ 75 milhões (R$ 150 milhões à época, em 2009) teria pouco impacto para a Cosan.

Se a decisão do Cade sobre a venda do negócio de aviação não é mais tema da Cosan, o mesmo não vale para a formação de uma joint venture de US$ 12 bilhões com a Shell. O negócio envolve as usinas de cana-de-açúcar da Cosan e as distribuidoras Esso e Shell e deve ser fechar até o meio do ano. Lutz confirmou esse prazo ontem, mas disse que o julgamento do negócio pelo Cade deve se estender por mais tempo.

Resultados fracos

A decisão do Cade gerou impacto negativo nas ações da companhia, mas o balanço divulgado na madrugada de ontem foi ainda mais mal recebido pelos investidores. A quebra na safra de cana, gerada pela seca em São Paulo no ano passado, fez o lucro líquido da companhia cair 83% no último trimestre de 2010, sobre o mesmo período de 2009.0 resultado líquido foi de R$ 27,9 milhões.

“Tivemos um resultado decepcionante do ponto de vista da quebra de safra, mas isso tem um efeito positivo sobre os preços do açúcar”, afirmou Lutz.

O que preocupou os analistas foi o aumento dos custos da divisão de açúcar e álcool em 55%, acima do aumento de receita de 47%, segundo relatório do analista Rafael Cintra, da Link Investimentos. “O padrão de custos se elevou muito, mas isso foi causado pelo cenário e não por ineficiência da companhia” , avalia o analista Ricardo Corrêa, da Ativa Corretora.

A explicação da companhia foi que o aumento de custos decorrente de uma safra menor e dos ajustes de pagamento da cana incidiram de forma concentrada no terceiro trimestre fiscal, o último do ano civil de 2010. “O mercado aguardava um desempenho melhor por conta dos altos preços do açúcar, mas havia uma expectativa exagerada”, diz a analista do BBBI Letícia Campos. Durante o pregão de ontem na BM&FBo-vespa, as ações da Cosan chegaram a cair quase 5%, mas fecharam com baixa de 3,94%, a R$23,91.
DIVERSIFICAÇÃO

Operações da Esso, de logística e de cogeração, seguram resultado

A estratégia da Cosan de diversificar seus negócios em busca de operações com um fluxo de caixa mais contínuo do que a produção de açúcar e álcool ajudou a companhia a compensar um resultado pouco favorável em sua principal divisão. A manutenção das margens na Cosan Combustíveis e Lubrificantes (CCL, operação adquirida da Esso em 2008) e o crescimento da Rumo Logística e do negócio de cogeração de energia atenuaram os efeitos do aumento dos custos na Cosan Açúcar e Álcool. “Neste terceiro trimestre fiscal a estratégia de diversificação da companhia mostrou-se acertada”, afirma a analista Letfcia Campos, do BBBI. 0 objetivo da Cosan é reduzir a exposição de seu fluxo de caixa à volatilidade do preço das commodities. “Com a joint venture com a Shell, reduziremos essa exposição a 40% do nosso fluxo de caixa”, calcula o presidente da Cosan, Marcos Lutz. A CCL teve um aumento de 14,3% na receita, para R$ 3,1 bilhões no trimestre. Já a receita da Rumo disparou 218,1%, para R$ 113,6 milhões, com o início das operações de transporte ferroviário em parceria com a operadora ALL. Tudo isso não foi suficiente, no entanto, para manter a geração de caixa da empresa. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Cosan caiu 16,3% no último trimestre de 2010, para R$ 410,5 milhões.

Written by Ricardo Corrêa

February 11, 2011 at 7:40 pm

Bloomberg – Cosan Net Income Doubles to $257.5 Million on Higher Sugar, Ethanol Sales

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Comentário publicado na Bloomberg:

Cosan SA Industria & Comercio, which shares control of the world’s largest sugar-cane processor with Royal Dutch Shell Plc, said fiscal second-quarter profit more than doubled on higher sales of sugar and ethanol.

Net income in the quarter ending Sept. 30 climbed to 439.7 million reais ($257.5 million) from 173.4 million reais a year earlier, the Barra Bonita, Brazil-based company said late yesterday in a regulatory filing. The company was expected to post profit excluding some items of 221.3 million reais, the average estimate of six analysts in a Bloomberg survey.

Revenue jumped 32 percent to 4.72 billion reais in the period. Sugar sales increased after Cosan sold inventories accumulated in the previous quarter, said Ativa Corretora analyst Ricardo Correa, who doesn’t rate the stock.

“Bigger volume and higher prices for sugar and ethanol mean better margins,” Correa said in a telephone interview from Rio de Janeiro before the results were announced.

Sugar sales rose 43 percent to 1.1 billion reais from the year-earlier period. Ethanol sales rose 62 percent to 532.4 million reais.

Profit was also bolstered after the Brazilian real’s 7 percent appreciation in the quarter pared the value of foreign debt in local-currency terms, which is booked as a gain under local accounting rules. The company posted a quarterly financial gain of 80.1 million reais, compared with a gain of 78.9 million reais a year earlier.

Cuts Estimates

Cosan also cut its estimates for the fiscal year that ends Dec. 31 because of lower crop yields that will reduce the production of sugar and cane crushing. Sugar sales will fall to between 4.1 million and 4.5 million metric tons, from an earlier forecast of as much as 5.1 million tons June 10.

Cane crushing is estimated at between 54 million and 58 million tons, from as much as 62 million tons previously. The company kept unchanged its estimate for net sales of as much as 18.5 billion reais.

Cosan and The Hague-based Shell agreed in August to combine sugar, ethanol and fuel distribution assets. Shell will contribute as much as $1.95 billion of cash and 2,740 service stations. Cosan will put up its 23 cane-crushing mills, 1,730 gas stations, eight power-plant projects and other assets.

Cosan fell 0.3 percent to close at 28.30 reais in Sao Paulo trading yesterday. Earnings were released after market closed. The shares have risen 11 percent so far this year, while Brazil’s benchmark Bovespa index has risen 4.4 percent.

The company didn’t report per-share profit figures.

Written by Ricardo Corrêa

November 11, 2010 at 3:26 am