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Papéis da Cemig fecham em alta depois do anúncio da participação em Belo Monte – Jornal da Energia

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Comentário publicado no Jornal da Energia:

Crédito: GettyImages

As ações da Cemig fecharam o pregão desta quarta-feira (26/10) na BM&FBovespa em alta de 4,67%, cotadas a R$ 28,00. Os papéis da Light, empresa que tem a Cemig como controladora, também tiveram valorização, de 1,64%, cotadas a R$ 26,01.

A movimentação dos papéis da Cemig começou nesta terça-feira (25/10), quando havia rumores de que a empresa de energia elétrica de Minas Gerais fecharia a entrada na Norte Energia, responsável pela construção e operação da usina hidrelétrica de Belo Monte (PA).

Nesta quarta, a Cemig confirmou a informação e realizou ainda uma teleconferência de esclarecimentos com analistas, investidores e jornalistas. A diretoria da companhia deu detalhes sobre a participação e destacou a taxa de retorno do empreendimento, de 10%. Após esse movimento, os papéis subiram e registraram o melhor desempenho do dia na Bovespa.

Apesar deste cenário, a decisão da companhia mineira, que vem junto com a Light, não ficou muita clara para o analista da Ativa Corretora, Ricardo Côrrea. “O efeito da alta de hoje dos papéis da Cemig foi bom, mas a participação em Belo Monte é ruim, principalmente para a Light. Belo Monte é um projeto duvidoso, existe o risco de engenharia e a Cemig não explicou o capex (orçamento) de R$ 25 bilhões”.

Para Côrrea, esse capex está subdimensionado e a taxa de retorno de 10% é baixa. “O mercado recebeu bem o preço médio da venda da energia R$ 100 por MW, mas como fica no mercado livre?”, questiona.

Um outro analista de mercado que preferiu não se identificar é da mesma opinião de Côrrea. “Hoje pela manhã, quando o que existia eram apenas rumores, a notícia foi mal recebida. No final do dia, os papéis estavam em alta, mas as opiniões ainda eram as mesmas.”

Nesta quarta, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de São Paulo, fechou em alta 1,52% aos 57.143 pontos.

Written by Ricardo Corrêa

October 27, 2011 at 10:05 pm

Ativa avalia como negativo o interesse da Cemig em adquirir parte da EDP – InfoMoney

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Comentário publicado no InfoMoney:

 

SÃO PAULO –  O analista da Ativa, Ricardo Corrêa, avalia como negativo a possibilidade da Cemig (CMIG4) adquirir 21,35% do capital da EDP (Energias dePortugal). Segundo ele, a participação da estatal mineira na disputa agrega risco para os papéis daempresa, “na medida em que a aquisição não se enquadra no racional estratégico da empresa”.

A privatização da EDP, que tem valor de mercado próximo de € 10 bilhões na bolsa portuguesa, teve como protagonistas a Eletrobras (ELET3ELET6), que já manifestou interesse, empresas  chinesas e a Cemig, conforme informações do jornal Valor Econômico. A capacidade instalada no mundo todo da ainda estatal é de quase 22 mil megawatts, com faturamento de € 14,2 bilhões em 2010. O prazo para entrega das propostas termina nesta segunda-feira.

A corretora considera uma eventual vitória da Cemig “como pouco provável”, além de reafirmar que a Eletrobras é a potencial candidata a aquisição, lembrando os últimos rumores de que uma empresa chinesa teria apresentado proposta financeira inicial maior que a da estatal brasileira

Written by Ricardo Corrêa

October 24, 2011 at 12:59 pm

Posted in Clipping

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Possível aquisição de participação em Belo Monte é negativa para Light e Cemig – InfoMoney

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Declaração publicada na InfoMoney:

SÃO PAULO – Novos rumores sobre possíveisnegociações por parte da Light (LIGT3) e da Cemig (CMIG4) para aquisição de participação de empreiteiras na usina hidrelétrica de Belo Monte foram considerados negativos para as empresas envolvidas, segundo a corretora Ativa.

Para o analista Ricardo Corrêa, mesmo não havendo confimações das empresas sobre esse negócio (em agosto, já havia especulação que tanto a Cemig quanto a Light  estavam negociando participação na usina), caso ela se concretize, os resultados poderão ser não muito bons. Segundo o analista, Belo Monte é umprojeto de retorno pouco atrativo, com alto potencial de elevação do capex (investimento em capital), levando a importantes riscos relacionados à execução do projeto.

“Ressaltamos que mais uma vez a Light encontra-se envolvida em uma movimentação societária sem um racional estratégico claro dentro do negócio da empresa, o que demonstra o risco de utilização da companhia pela Cemig em sua estratégia de expansão”, conclui.

Balizada pelas perspectivas negativas com a possível aquisição, a corretora mantém a recomendação de venda das ações da Light, possuindo um preço-alvo para junho de 2012 de R$ 26,40 – o que configura um potencial de valorização de 9,68% em relação ao fechamento dessa segunda-feira (3). Já a Cemig segue com recomendação neutra, com preço-alvo para junho do ano que vem de R$ 33,60, com um potencial de valorização de 24,44% em relação ao fechamento dessa segunda-feira.

O negócio
Segundo divulgado pelo jornal Folha de São Paulo, as aquisições realizadas pelas empresas totalizariam 10% do total do consórcio controlador do projeto da Usina de Belo Monte. A Light ficaria com a fatia das construtoras Galvão Engenharia, Contern, Cetenco, Serveng, J. Malucelli e Mendes Junior. Juntas, elas detêm 7,5% do consórcio, sendo que 5% ficaria com a Light e os outros 2,5% para o fundo de pensão Funcef. Já a Cemig faria a aquisição de 5% do consórcio controlado pela OAS  e Queiroz Galvão (QGEP3).

Written by Ricardo Corrêa

October 4, 2011 at 1:03 pm

Bloomberg – Cemig May Invest in Renova to Expand in Brazilian Wind Market

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Comentário publicado na Bloomberg:

Companhia Energetica de Minas Gerais, the Brazilian state-controlled utility, may invest in Renova Energia SA (RNEW11) to consolidate its foothold in the nation’s expanding market for wind power, according to a regulatory filing.

Talks with Cemig’s Light SA unit are “ongoing” and “confidential,” Renova said today in the filing with Brazil’s stock regulator, after Valor Economico SA published a story yesterday that said Light would acquire a 50 percent stake in the Sao Paulo-based renewable energy developer.

At least two other electricity producers in Brazil are pursuing acquisitions of clean energy developers to position themselves for an anticipated boom in wind farms.

“Utilities want to enter wind now so they have the know- how and scale” to “be more aggressive in future auctions,” for power contracts, Ricardo Correa, an analyst at Rio de Janeiro-based brokerage Ativa SA Corretora, said today in a phone interview.

Renova was awarded contracts for 14 wind farms in a government-organized auction for wind projects in 2009 and another six in an auction in 2010, according to the Sao Paulo- based electricity trading board Camara de Comercializacao de Energia Eletrica, known as CCEE. The wind farms have a combined capacity of 423 megawatts.

Renova also owns three small hydroelectric plants with a combined capacity of 41.8 megawatts in Bahia. Cemig has minority stakes in three wind farms in Ceara, in the country’s northeast. Renova rose 9.7 percent to 34.15 reais in Sao Paulo trading this week.

‘Calling the Shots’

Light, a Rio de Janeiro utility, is negotiating the possible purchase of a stake in Renova, and “it’s Cemig that’s calling the shots here,” Correa said. Cemig owns about 27.8 percent of the shares in Light and has been “aggressively,” buying up assets in transmission and now wind.

Antonia Velez, investor relations director for Cemig, which produces about 7 percent of the country’s electricity, said it was too early to say whether an investment in Renova would be a “partnership of a merger.”

Other Brazilian utilities are buying renewable energy companies. Cia. Paranaense de Energia-Copel, of Curitiba, received approval to purchase a 49.9 percent stake in four wind farms owned by Dreen Brasil Investimentos e Participacoes SA, according to a regulatory filing yesterday.

CPFL Energia SA (CPFE3) said April 7 it had agreed to buy Jantus SL, a holding company for Fortaleza-based wind farm owner SIIF Energies do Brasil Ltda. Sao Paulo-based CPFL is also forming a renewable energy company with Energias Renovaveis SA that plans to build 4,375 megawatts of renewable energy projects, 45 percent of which would come from wind, according to a company presentation.

Developing Market

The wind market is still developing in Brazil and not as lucrative as in other countries, Correa said.

Prices for wind power contracts averaged 131 reais ($82) a megawatt-hour in two August auctions, the cheapest average rate for wind sold through government incentive programs anywhere in the world according to Bloomberg New Energy Finance. Renova’s power contracts were on average 121 reais, 7,6 percent lower, according to CCEE.

High Costs

Construction costs for Brazilian wind farms can be 20 percent higher than in Europe and the U.S., Roberto Honczar, who was then Renova’s chief financial officer, said in an interview in March. He has since left the company.

“Cemig isn’t worried about generating value,” from Renova’s wind projects, Correa said. “It wants to position itself for future growth,” he said.

Brazil has 51 wind farms amounting to about 1 gigawatt of installed capacity, up from 587 megawatts at the end of 2009, according to New Energy Finance. The national energy agency Empresa de Pesquisa Energetica expects to have 12 gigawatts online by the end of the decade.

“Brazil’s wind market still hasn’t really taken off,” Correa said. The U.S. has 133 gigawatts of wind capacity in operation or under development and China has 159 gigawatts, according to New Energy Finance.

To contact the reporter on this story: Stephan Nielsen in Sao Paulo atsnielsen8@bloomberg.net

Written by Ricardo Corrêa

June 20, 2011 at 1:11 pm

Posted in Bovespa, Clipping, Setor Elétrico

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Terra Economia – Análise: consolidação de elétricas avança; transmissão é destaque

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Comentário no Terra:

Os analistas da Ativa Corretora e do Citigroup consideram que a aquisição de ativos de transmissão da Abengoa no Brasil, feita pela Cemig (CMIG4) através de sua subsidiária Taesa, é neutra para a empresa, entretanto trazem visões distintas quanto à relevância da transação para os resultados da companhia.

O analista Ricardo Corrêa, da Ativa, definiu o negóciocomo neutro e mostrou-se mais cético em seus argumentos, considerando a aquisição menos negativa que as praticadas anteriormente pela empresa, porém não acredita em um caminho fácil para geração de valor com essa operação.

Corrêa coloca em dúvida os ganhos de sinergia abordados pela Cemig, mas acredita que o mercado deve receber bem a aquisição, já que eram esperadas ofertas mais agressivas para o acordo pelo mercado. O aumento de margens do segmento de geração é a principal expectativa de melhora dos resultados, o que torna a Cemig atrativa e uma das ‘top picks’ do setor na opinião do analista da Ativa.

Upside potencial
O Citi, por sua vez, acredita que a Cemig pagou um valor justo pela Abengoa e enxerga um upside potencial com a possibilidade de melhora da margem Ebitda (relação percentual entre receita líquida e geração operacional de caixa), alavancando a taxa de retorno.

Os analistas Marcelo Britto e Alexandre Kogake reiteram a posição de compra do Citi em relação à Cemig, avaliando a transação como “neutra para acretiva”, com a tendência no aumento do preço da geração podendo colaborar com o crescimento do lucro.

Diversificação do portfólio
Filipe Acioli, analista da Ágora, mostrou-se mais otimista e classificou a operação como “salutar” para a Cemig. De acordo com a corretora, o negócio foi realizado por um múltiplo bastante razoável, utilizando como referências as aquisições anteriores feitas pela companhia, além de estar em linha com a estratégia de diversificação de portfólio da empresa, com investimentos em geração, distribuição e transmissão de energia.

Acioli menciona ainda que a Taesa, subsidiária da Cemig, possui uma situação financeira confortável e levantará os recursos necessários para financiar esta aquisição junto ao mercado financeiro. Segundo o analista, “caso o ocorra uma emissão de ações por parte da Taesa no valor total da operação, atenderia a necessidade atual de elevação do free float, que atualmente é de 4,7% e chegaria a 25%”.

Recomendações
Mesmo mantendo a Cemig como uma das suas top picks no setor de energia, a Ativa Corretora mantém recomendação neutra aos papéis da companhia, com preço-alvo de R$ 33,60 para o final deste ano, o que configura um potencial de valorização de 8,84% em relação ao fechamento anterior. O Citi, por sua vez, manteve o call de compra aos ativos, com target R$ 36,00 para 12 meses, upside de 16,62%.

Written by Ricardo Corrêa

June 6, 2011 at 1:23 pm

O Estado de Minas – Presidente da Cemig diz que tem interesse em adquirir ativos da Celg

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Declaração no Estado de Minas

Problemas de saneamento financeiro, dívida de R$ 6 bilhões, rede de distribuição de qualidade inferior à da Cemig, entraves políticos, débitos não quitados junto ao governo federal, três anos sem revisão tarifária por conta da inadimplência. Esses são só alguns dos problemas que a estatal mineira de energia enfrentaria caso resolvesse adquirir a Centrais Elétricas de Goiás (Celg), apontam analistas de mercado e especialistas no setor de energia do país.

No início desta semana, a Cemig negou que tivesse interesse em comparar a distribuidora goiana. Mas o presidente da empresa, Djalma Bastos de Morais, voltou atrás e afirmou que há negociações para a aquisição do ativo. O assunto, no entanto, ainda não foi discutido no conselho de administração da companhia, segundo fonte da Cemig que prefere não se identificar.

Para Ricardo Correa, analista de investimentos em energia na Ativa Corretora, a compra da Celg não seria um negócio interessante para a estatal mineira de energia. “A empresa enfrenta problemas de saneamento financeiro muito sérios. A mudança de governo no estado é aparentemente positiva, mas a Celg teria que passar por um processo de reorganização.” Ele sustenta, ainda, que a Cemig vem pagando caro pelas empresas que compra. ?Foi o que aconteceu com a Terna (empresa de linhas de distribuição), que foi adquirida em 2010 com uma taxa de retorno muito baixa em relação ao custo do capital?, afirma. Segundo ele, enquanto esse custo é de 11,5% ao ano, a taxa de retorno gira em volta de 9%.

Inadimplência

“A Celg é um péssimo ativo, não entendo o interesse da Cemig”, afirma um ex-diretor da companhia. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), desde 2007 a companhia goiana está inadimplente com praticamente todos os encargos do setor, entre eles a taxa de fiscalização da Aneel, a Reserva Global de Reversão (RGR), recolhida pela Eletrobrás, as multas aplicadas pela agência reguladora e o fornecimento de energia pela hidrelétrica Cachoeira Dourada.

Diante da inadimplência contumaz, as tarifas da empresa estão congeladas há quatro anos e a Celg pode perder a concessão de distribuidora de energia. A Aneel já deu prazo para que a empresa honre suas dívidas, mas, se isso não ocorrer, poderá pedir a caducidade da concessão e encaminhar essa orientação ao Ministério de Minas e Energia, que tem o poder de cassar a licença da concessionária.

“O que justificaria a aquisição é a agenda de crescimento (da Cemig)”, diz Ricardo Correa, da Ativa Corretora. Ele lembra que a estatal mineira está de olho na consolidação de mercado. “O que leva uma empresa a crescer com aquisições é o fato de ela enxergar um cenário de ganho de valor. A Cemig acredita que vai ganhar crescendo assim, mas o mercado não reparte com a empresa essa visão.”

Sobre a Celg, Rosângela Ribeiro, analista de investimentos em energia da SLW Corretora, avalia que a atividade de distribuição é rentável, desde que a empresa não tenha dívidas. “A Celg é uma empresa de distribuição e a Cemig é expert nessa área. Por isso, o desafio de reestruturar financeiramente a empresa pode não ser uma tarefa tão difícil para a Cemig”, acredita.

Na avaliação dela, a aquisição do ativo poderia aumentar a sinergia e o lucro da estatal mineira. Ainda assim, Rosângela reconhece que a dívida da Celg é alta para o tamanho da empresa. Procurada pela reportagem, a Cemig informou que não se pronunciaria sobre o assunto.

Written by Ricardo Corrêa

February 7, 2011 at 2:00 pm

Veja.com – CPFL e Cemig apontam para consolidação com apoio estatal

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Declaração da Veja:

O setor brasileiro de energia elétrica, ainda pulverizado se comparado a outros países, caminha para um cenário de poucos grupos dominantes e forte apoio estatal.

A possibilidade de que a CPFL Energia, do grupo Camargo Corrêa, controle também as empresas Neoenergia e Brasiliana; e a Cemig, do governo mineiro, compre a Ampla Energia, é vista como positiva pela maioria dos analistas e por especialistas do setor.

A CPFL possui oito empresas de distribuição de energia, a maioria no Estado de São Paulo, o mais rico do país, representando 13,3 por cento do mercado nacional. Em geração de energia, a companhia possui 19 pequenas usinas hidrelétricas e 1 termelétrica, todas em território paulista.

A CPFL tem entre os principais sócios, além da Camargo Corrêa, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, Previ, que também está no bloco de controle da Neoenergia. Esta última, por sua vez, conta ainda com a espanhola Iberdrola e o próprio BB entre os sócios.

“A CPFL tem 13 por cento do mercado de distribuição e é a maior do país. No mundo inteiro o setor é mais concentrado”, disse o chefe do Departamento de Pesquisa da Raymond James na América Latina e responsável pelo acompanhamento do setor elétrico, Ricardo Cavanagh.

De acordo com ele, o setor de distribuição de energia, que concentraria a grande movimentação do setor (visto que é possível que a aquisição da Neoenergia inclua apenas as distribuidoras Coelba, Cosern e Celpe, no Nordeste), sofre forte pressão do governo para oferecer cada vez mais eficiência com tarifas mais baixas.

Mas se a incorporação da Neoenergia é vista como certa e fácil, a eventual compra da Brasiliana, hoje controlada pela norte-americana AES Corp, é um pouco mais complicada.

Um acordo de acionistas prevê que a AES tenha o direito de preferência caso uma das partes no bloco de controle, incluindo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), aliene suas ações nas distribuidoras AES Sul e AES Eletropaulo e na geradora AES Tietê.

“Por isso, a Brasiliana sairia muito mais cara para a Camargo Corrêa”, observou Cavanagh.

Para o analista Ricardo Correa, da Ativa Corretora, a AES Corp só não exerceria seu direito de preferência se a CPFL fizer uma proposta alta. “E isso prejudicará os acionistas, visto que o pagamento pode comprometer o ganho de sinergias”, afirmou Correa.

Segundo recentes reportagens na imprensa, o governo ajudaria na compra da Brasiliana pela CPFL por meio do BNDESPar, unidade de participações do BNDES e que teria uma fatia do negócio.

Procuradas pela Reuters, Neoenergia, Camargo Corrêa e AES no Brasil afirmaram que não iriam se pronunciar sobre o assunto.

CEMIG CONSOLIDA E ESTATIZA

Com 12 por cento do mercado brasileiro de distribuição, a estatal mineira Cemig é formada por 49 empresas e 10 consórcios e atua em geração, transmissão e distribuição de energia e soluções energéticas.

Em dezembro de 2009, a companhia anunciou a assinatura de contratos para promover uma reestruturação no bloco de controle da Light, do Rio de Janeiro. A companhia criou uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) que terá até 26,06 por cento de participação, enquanto sua fatia direta na Light será mantida em 13,03 por cento.

Além disso, o mercado já dá como certo um novo passo da Cemig: a aquisição da Ampla Energia, do interior fluminense.

O analista Correa, da Ativa, vê com desconfiança o movimento, por acreditar que a Light, braço privado da Cemig, seria o veículo usado para comprar a Ampla –o que poderia acarretar em prejuízo para os acionistas da Light a depender dos termos da operação.

Sua posição sobre a consolidação difere da de outros especialistas. Para ele, o aumento da presença de instituições como Previ e BNDES no capital de empresas elétricas significa reestatização.

“No setor elétrico, a participação do Estado é muito grande, e o seu crescimento não poderia ser pior. A função do Estado é regular e ser coadjuvante”, defendeu o analista.

Para o coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nivalde de Castro, está ocorrendo uma expansão da parceria entre os setores público e privado no setor de energia, com a formação de grandes grupos.

“O marco regulatório no Brasil é sólido e não há risco de que o poder econômico se transforme em poder político”, disse. “Esta estratégia dá mais segurança e atrai investimentos.”

O analista Rafael Quintanilha, da Brascan Corretora, espera por anúncios de novas aquisições no setor elétrico, principalmente de distribuidoras das regiões Norte e Nordeste. “O Brasil possui 64 distribuidoras, uma para cada área de concessão. Essas áreas não podem ser unificadas, mas os grupos que as controlam, sim.”

Written by Ricardo Corrêa

March 10, 2010 at 2:34 pm