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BNDES deseja retomar venda de participação na controladora da Eletropaulo

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Comentário publicado na InfoMoney:

O BNDES (Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico e Social) estaria interessado em retomar o processo de venda da sua participação na holding Brasiliana, controladora da distribuidora AES Eletropaulo (ELPL4) e da geradora AES Tietê (GETI4).

Nesse sentido, o impedimento da retomada do processo de venda seria a oposição por parte do Governo a essa operação. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o Planalto teme uma piora na gestão na companhia, principalmente após alguns apagões ocorridos em SP.

O pedido de adiamento acontece por conta da preferência que a AES Corp., acionista majoritária esócio-controladora da Brasiliana, possui para adquirir a participação do banco de fomento no capital da holding. A avaliação é que a AES teria capital para efetuar a operação caso o BNDES optasse pela retomada do processo de venda neste momento.

Pouco provável no curto prazo
Para o analista Ricardo Corrêa, da Ativa Corretora, o efeito dessas notícias para as ações da Eletropaulo é neutro. “Acreditamos que a hipótese de venda da distribuidora pela AES Corp. seja pouco provável no curto prazo”, acrescenta o analista.

O preço-alvo e a recomendação para os papéis da Eletropaulo, negociados com o código ELPL4, ficaram inalterados. A recomendação é de venda, com preço-alvo para junho de 2012 de R$ 30,50, valor que representa um downside (potencial teórico de desvalorização) de 15,16% na comparação com a cotação do último fechamento.

Corrêa também aponta para outro motivo que pode estar motivando a oposição do Governo, que seria o desejo de criar uma “superelétrica”, que no caso congregaria, além dos ativos da AES, ativos da Elektro (EKTR3) e da CPFL (CPFL3).

Em contraste com o interesse do Governo, aparece o interesse da AES em continuar no Brasil e até mesmo expandir seu posicionamento no setor elétrico. “Além disso, o tamanho relativo dos ativos brasileiros no total de ativos da AES Corp. reforça nossa percepção da importância de participação da empresa americana na Brasiliana”, reforçou o analista da Ativa.

Written by Ricardo Corrêa

July 6, 2011 at 5:30 pm

Índice brasileiro sobe cerca de 1% por Grécia; Pão de Açúcar avança – Exame

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Comentário publicado na Exame:

São Paulo – A bolsa brasileira operava em alta esta terça-feira, no embalo do maior apetite global por risco diante da expectativa de uma solução por ora para a crise da dívida na Grécia.

Internamente, as ações do Pão de Açúcar se destacavam após o anúncio de uma proposta de fusão com as operações brasileiras do Carrefour . MMX também subia após recomendação do Credit Suisse.

Às 11h12, o Ibovespa subia 0,83 por cento, a 61.723 pontos. O giro do pregão era de 746 milhões de reais.

As bolsas em Wall Street avançavam quase 1 por cento após mais alguns sinais de que a crise na Grécia pode ser solucionada com a aprovação de medidas fiscais no país nesta semana e com a participação do setor privado na rolagem da dívida soberana.

Os bancos alemães, por exemplo, concordaram em princípio com a proposta francesa de reestruturação da dívida grega, que envolve duas opções para os detentores de títulos do país durante o período até junho de 2014. Entre as ações de maior liquidez do Ibovespa, Vale PNA avançava 0,57 por cento, a 44,30 reais, e Petrobras PN ganhava 0,74 por cento, a 23,26 reais.

Pão de Açúcar tinha alta de 2,60 por cento, a 66,72 reais. Embora operadores comentem sobre os riscos que envolvem a operação –como a resistência do Casino, acionista do Pão de Açúcar, e a necessidade de aprovação no Cade– Ricardo Corrêa, da corretora Ativa, vê a possibilidade de efeitos positivos no longo prazo.

“Julgamos… que a fusão poderá ser positiva, gerando sinergias e criando assim a maior varejista do Brasil, com vendas estimadas em mais de 30 bilhões de euros”, afirmou em relatório publicado na Internet.

Outra ação em destaque de alta era a mineradora MMX, com valorização de 2,10 por cento, a 8,27 reais.

A empresa de Eike Batista recebeu recomendação “outperform” (acima da média de mercado) do Credit Suisse, com potencial de alta de 70 por cento, até o preço-alvo de 14 reais.

“A manutenção dos altos preços do minério de ferro e a entrega do plano de negócios da empresa devem ser os principais fatores de alta da ação”, escreveram os analistas Ivan Fadel e Carlos Louro, em relatório.

Written by Ricardo Corrêa

June 30, 2011 at 2:04 pm

Aquisição da Abengoa pela Cemig poderia ter sido pior

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Comentário Publicado em meu Facebook:

A Cemig anunciou na quinta-feira a noite que adquiriu, através de sua subsidiária Taesa, ativos de transmissão da Abengoa no Brasil, correspondentes a 50% da Abengoa Participações (STE, ATE, ATE II, ATE III) e 100% da NTE, totalizando 1.466 km. Conforme informado, a estatal mineira pagará R$1,099 milhões à empresa espanhola e assumirá R$ 381 milhões em dívidas, chegando, com a aquisição, à vice liderança do mercado de transmissão de energia, totalizando 21,5% do market share (consolidando os ativos da Taesa, Cemig e TBE).

 O management da empresa apresentou há pouco maiores detalhes sobre a operação, com os principais termos expostos abaixo: 

  • A aquisição foi feita a um múltiplo EV/EBITDA 2010 de 7,4x, com números em linha com aquisições anteriores e ligeiramente abaixo do mútiplo praticado na aquisição da Terna (7,8x).
  • Segundo os cálculos da Cemig, porém sem apresentar detalhamento de cálculos, a TIR da operação seria de 8.5%, podendo chegar a 10% em função de sinergias operacionais com descrição ainda pendente.
  • A maior parte das linhas de transmissão da Abengoa está sob o regime o regime regulatório de correção da Receita Anual Permitida (RAP) anual com repasse total do IGP-M, ao contrário das novas linhas de transmissão que são sujeitas a um regime regulatório que submete a RAP a revisões tarifárias similares ao aplicado nas distribuidoras.
  • A margem EBITDA atual da Abengoa seria próxima de 86%, abaixo dos 91% observados na Taesa, e este diferencial de margem seria um dos principais drivers de geração de valor da aquisição. Apesar da afirmação da Cemig, ressaltamos que boa parte dos ativos adquiridos terã a gestão de O&M mantida nas mãos da Abengoa.
  • A malha de transmissão da Abengoa, diferentemente da Taesa, tem somente três trechos contíguos as linhas da Taesa. Com o restante da malha espalhado em pequenos segmentos no Nordeste, Centro-Oeste e Sul do país. Desta maneira, ressaltamos que a aquisição agrega dispersão geográfica à malha da Taesa e ressaltamos que esta dispersão geográfica é, possivelmente, o principal responsável pela margem deprimida da Abengoa.

 A aquisição foi feita a termos menos negativos que os praticados em aquisições anteriores pela Cemig, contudo, ressaltamos que não enxergamos um caminho fácil para geração de valor através desta operação.

 Acreditamos que o mercado deverá receber bem a aquisição, na medida em que esperava-se bids mais agressivos por parte da estatal mineira que agora conta com a concorrência do player chinês (State Grid Corporation of China), que comprou recentemente 7 empresas de transmissão a múltiplos próximo de 12x EV/EBITDA (cálculo aproximado).

 Além disso, ressaltamos que a aquisição está dentro da estratégia da estatal mineira e não compromete significativamente o valor da empresa, mesmo nos cenários pessimistas, em função do tamanho diminuto da operação. Contudo, ressaltamos novamente, que acreditamos que os ganhos de sinergia abordados pela Cemig são duvidosos na medida em que a gestão das linhas permanecerá nas mãos da Abengoa e que as alegadas sinergias operacionais não nos parecem tão prováveis no curto prazo.

 

Written by Ricardo Corrêa

June 4, 2011 at 3:10 am

O Estado de Minas – Presidente da Cemig diz que tem interesse em adquirir ativos da Celg

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Declaração no Estado de Minas

Problemas de saneamento financeiro, dívida de R$ 6 bilhões, rede de distribuição de qualidade inferior à da Cemig, entraves políticos, débitos não quitados junto ao governo federal, três anos sem revisão tarifária por conta da inadimplência. Esses são só alguns dos problemas que a estatal mineira de energia enfrentaria caso resolvesse adquirir a Centrais Elétricas de Goiás (Celg), apontam analistas de mercado e especialistas no setor de energia do país.

No início desta semana, a Cemig negou que tivesse interesse em comparar a distribuidora goiana. Mas o presidente da empresa, Djalma Bastos de Morais, voltou atrás e afirmou que há negociações para a aquisição do ativo. O assunto, no entanto, ainda não foi discutido no conselho de administração da companhia, segundo fonte da Cemig que prefere não se identificar.

Para Ricardo Correa, analista de investimentos em energia na Ativa Corretora, a compra da Celg não seria um negócio interessante para a estatal mineira de energia. “A empresa enfrenta problemas de saneamento financeiro muito sérios. A mudança de governo no estado é aparentemente positiva, mas a Celg teria que passar por um processo de reorganização.” Ele sustenta, ainda, que a Cemig vem pagando caro pelas empresas que compra. ?Foi o que aconteceu com a Terna (empresa de linhas de distribuição), que foi adquirida em 2010 com uma taxa de retorno muito baixa em relação ao custo do capital?, afirma. Segundo ele, enquanto esse custo é de 11,5% ao ano, a taxa de retorno gira em volta de 9%.

Inadimplência

“A Celg é um péssimo ativo, não entendo o interesse da Cemig”, afirma um ex-diretor da companhia. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), desde 2007 a companhia goiana está inadimplente com praticamente todos os encargos do setor, entre eles a taxa de fiscalização da Aneel, a Reserva Global de Reversão (RGR), recolhida pela Eletrobrás, as multas aplicadas pela agência reguladora e o fornecimento de energia pela hidrelétrica Cachoeira Dourada.

Diante da inadimplência contumaz, as tarifas da empresa estão congeladas há quatro anos e a Celg pode perder a concessão de distribuidora de energia. A Aneel já deu prazo para que a empresa honre suas dívidas, mas, se isso não ocorrer, poderá pedir a caducidade da concessão e encaminhar essa orientação ao Ministério de Minas e Energia, que tem o poder de cassar a licença da concessionária.

“O que justificaria a aquisição é a agenda de crescimento (da Cemig)”, diz Ricardo Correa, da Ativa Corretora. Ele lembra que a estatal mineira está de olho na consolidação de mercado. “O que leva uma empresa a crescer com aquisições é o fato de ela enxergar um cenário de ganho de valor. A Cemig acredita que vai ganhar crescendo assim, mas o mercado não reparte com a empresa essa visão.”

Sobre a Celg, Rosângela Ribeiro, analista de investimentos em energia da SLW Corretora, avalia que a atividade de distribuição é rentável, desde que a empresa não tenha dívidas. “A Celg é uma empresa de distribuição e a Cemig é expert nessa área. Por isso, o desafio de reestruturar financeiramente a empresa pode não ser uma tarefa tão difícil para a Cemig”, acredita.

Na avaliação dela, a aquisição do ativo poderia aumentar a sinergia e o lucro da estatal mineira. Ainda assim, Rosângela reconhece que a dívida da Celg é alta para o tamanho da empresa. Procurada pela reportagem, a Cemig informou que não se pronunciaria sobre o assunto.

Written by Ricardo Corrêa

February 7, 2011 at 2:00 pm